quarta-feira, 31 de março de 2010
ESPUMA DE SAPO TRANSFORMA ENERGIA SOLAR EM BIOCOMBUSTÍVEIS E ALIMENTOS
Cientistas inspiraram-se em uma rãzinha para criar uma espuma que capta energia, pode produzir biocombustíveis ou alimentos, e ainda remove o excesso de dióxido de carbono do ar.
Cientistas da Universidade de Cincinnati, nos Estados Unidos, inspiraram-se em um pequeno sapo existente nas Américas Central e Sul, para criar uma espuma que capta energia, pode produzir biocombustíveis ou alimentos, e ainda remove o excesso de dióxido de carbono do ar.
Fotossíntese artificial
A pesquisa é mais uma em uma lista cada vez maior do campo chamado fotossíntese artificial, na qual os cientistas estão tentando imitar a forma como as plantas captam a luz solar para produzir sua própria energia.
Na fotossíntese natural, as plantas absorvem a energia do Sol e o dióxido de carbono da atmosfera, e os convertem em oxigênio e em açúcares. O oxigênio é liberado para o ar e os açúcares são usados como fonte de energia que mantém a planta viva.
Os cientistas, por sua vez, estão encontrando formas de aproveitar a energia do sol e o carbono do ar para criar novas formas de biocombustíveis, que poderão alimentar nossos automóveis.
Espuma de sapo
O trabalho resultou na fabricação de um material fotossintético artificial que utiliza enzimas de plantas, bactérias e fungos, tudo acomodado no interior de um invólucro de espuma. Exposta à luz do Sol e ao carbono da atmosfera, a espuma gera açúcares.
A espuma é uma escolha natural: além de concentrar os reagentes, o material poroso permite uma boa penetração do ar e da luz solar.
O projeto da espuma baseou-se nos ninhos de uma pequena rãzinha tropical (Physalaemus pustulosus), que cria espumas para seus girinos que apresentam uma durabilidade incrivelmente longa. Uma proteína produzida pela rã, a Ranaspumina-2, foi utilizada como base da espuma artificial.
Melhor do que plantas e algas
"A vantagem do nosso sistema, em comparação com as plantas e as algas, é que toda a energia solar captada é convertida em açúcares livres, enquanto esses organismos precisam desviar uma grande quantidade de energia para outras funções, para manter sua vida e se reproduzir," diz o Dr. David Wendell, que coordenou a pesquisa, referindo-se à energia líquida disponível que pode ser aproveitada a partir das plantas já crescidas para sua posterior transformação em biocombustíveis.
"Nossa espuma também não precisa do solo, não afetando a produção de alimentos, e pode ser utilizada em ambientes com alta concentração de dióxido de carbono, como nas chaminés das centrais elétricas a carvão," diz ele, ressaltando que dióxido de carbono em excesso paralisa a fotossíntese natural.
Biocombustível ou alimento
O produto da "espuma fotossintética", os açúcares, pode ser utilizado como insumo para uma grande variedade de produtos, incluindo o etanol e outros biocombustíveis. Mas nada impede que o material seja utilizado também para produzir alimentos.
"Esta nova tecnologia cria uma forma econômica de utilizar a fisiologia dos sistemas vivos, criando uma nova geração de materiais funcionais que incorporam intrinsecamente processos de vida em sua estrutura", diz Dean Montemagno, coautor da pesquisa, acrescentando que o novo processo iguala ou supera outras técnicas de produção biossolar.
Larga escala
O próximo passo da equipe será tornar a tecnologia adequada para aplicações em grande escala, como a captura de carbono nas usinas a carvão.
"Isto envolve o desenvolvimento de uma estratégia para extrair a cobertura de lipídios das algas (usada para o biodiesel) e os conteúdos citoplasmáticos, e reutilizar essas proteínas na espuma", afirma Wendell. "Estamos também estudando outras moléculas de carbono mais curtas que podemos produzir alterando o coquetel de enzimas na espuma."
Fonte: http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=espuma-de-sapo-energia-solar-biocombustiveis-alimentos&id=010125100322
Comentário: O que mais falta pra esse povo inventar?? Pobrezinhos! Sobrou para os sapinhos! A idéia é até interessante, uma vez que aumenta a quantidade de opções de biocombustíveis. Basta saber se essa nova idéia, assim como as outras idéias mirabolantes, não irão sacrificar nós, seres humanos, a fauna e a flora, no futuro. Caso esse novo recurso, que promete ter efeito inverso às energias já existentes, ou seja, imitando a fotossíntese realizada pelas plantas ao invés de despejar na atmosfera toda a poluição dos gases, dê certo, nossos netos não terão tantos abacaxis para descascar! VIVA AS PHYSALAEMUS PUSTULOSOS, vulgo PEREREQUINHAS!!!!
sexta-feira, 19 de março de 2010
Energia nos jogos da Copa de 2014 pode ser garantida por biocombustível
QUINTA, 18 MARÇO 2010 . AGÊNCIA BRASIL
O biocombustível de soja pode ser utilizado como principal fonte de energia nos jogos da Copa do Mundo no Brasil e pode ser utilizado com total segurança pelos meios de comunicação, sem risco de interrupção no fornecimento durante os eventos. Essa foi uma das propostas apresentadas no seminário A Copa do Mundo de 2014 – Normatização para Obras Sustentáveis, que reuniu empresários de diversas áreas no Senado por dois dias e terminou hoje (17), por iniciativa da Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle.
A defesa do biocombustível como fonte de energia na Copa foi feita pelo empresário Silvio de Oliveira, fabricante de motores de caminhão e que montou uma usina de biocombustível com capacidade para produzir 15 mil litros por dia no interior de São Paulo, para consumo próprio à base de gordura de frangos abatidos no frigorífico do mesmo grupo empresarial.
De acordo com Silvio Oliveira, eventos como os jogos da Copa do Mundo não podem depender do fornecimento convencional de energia elétrica pelas empresas concessionárias, devido ao risco de apagão repentino. Num caso desses, os geradores de emergência entram em ação, mas levam pelo menos 15 segundos para restabelecer a energia, o que causaria sérios prejuízos às transmissões. Assim, a proposta é que os geradores a biocombustível garantam a energia e o sistema convencional funcione como fonte secundária.
“Isso seria mais prático, mais seguro e daria tranquilidade para todo mundo que estivesse trabalhando ou assistindo aos jogos”, diz o industrial. Ele estima que a Copa do Mundo gastaria cerca de 2 bilhões de litros de biocombustível, caso fosse totalmente realizada com este combustível como sua principal fonte energética. Segundo ele, não haveria problemas para isso, porque, hoje, o país produz 5% (2,2 bilhões de litros) de biocombustível dos 44 bilhões de litros de diesel que consome por ano e pretende chegar a 20%, podendo estar próximo disso em 2014.
O objetivo do seminário foi recolher sugestões para elaboração de projeto de lei que defina normas sobre sustentabilidade das obras destinadas à realização do Mundial de 2014 e das demais competições internacionais que serão realizadas no Brasil nos próximos anos, como a Copa das Confederações, em 2011, e as Olimpíadas no Rio de Janeiro, em 2016. Um dos palestrantes de hoje demonstrou as vantagens de lâmpadas que economizam energia na iluminação pública e de ambientes como os estádios de futebol.
A senadora Marisa Serrano, presidente em exercício da comissão, disse que o Senado tem a função de “facilitar a legislação para a utilização de ideias mais modernas e implementá-las”, como o uso do biocombustível, que considerou uma possibilidade de gerar emprego e renda para o país, além de ter na Copa do Mundo uma vitrine para esse tipo de energia, “que talvez possa ser o começo de uma utilização mais eficaz nessa questão no nosso país”.
Jorge Wamburg
Fonte: http://www.biodiselbr.com/noticias/em-foco/r1-energia-copa-2014-garantida-biocombustivel-180310.htm
Comentário: A realização de um evento de mídia mundial como a Copa do Mundo de 2014, entregará ao Brasil inúmeros benefícios para seu desenvolvimento. O uso do biocombustível como forma de fornecimento de energia para os jogos da Copa será motivo de orgulho e exemplo dos brasileiros pelo bom emprego de uma energia limpa. Diante de uma vitrine mundial dada pelo evento, o Brasil consiguirá provar para as outras nações que é possível desenvolver-se diminuindo os impactos negativos para com o meio ambiente ao mesmo tempo que fortalece uma cultura baseada nos príncípios da sustentabilidade. Pensando em visibilidade, não só a imagem do Brasil se beneficiará da utilização dessa força como também o círculo vicioso do mercado interno será revigorado pelos maiores investimentos na indústria.
O biocombustível de soja pode ser utilizado como principal fonte de energia nos jogos da Copa do Mundo no Brasil e pode ser utilizado com total segurança pelos meios de comunicação, sem risco de interrupção no fornecimento durante os eventos. Essa foi uma das propostas apresentadas no seminário A Copa do Mundo de 2014 – Normatização para Obras Sustentáveis, que reuniu empresários de diversas áreas no Senado por dois dias e terminou hoje (17), por iniciativa da Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle.
A defesa do biocombustível como fonte de energia na Copa foi feita pelo empresário Silvio de Oliveira, fabricante de motores de caminhão e que montou uma usina de biocombustível com capacidade para produzir 15 mil litros por dia no interior de São Paulo, para consumo próprio à base de gordura de frangos abatidos no frigorífico do mesmo grupo empresarial.
De acordo com Silvio Oliveira, eventos como os jogos da Copa do Mundo não podem depender do fornecimento convencional de energia elétrica pelas empresas concessionárias, devido ao risco de apagão repentino. Num caso desses, os geradores de emergência entram em ação, mas levam pelo menos 15 segundos para restabelecer a energia, o que causaria sérios prejuízos às transmissões. Assim, a proposta é que os geradores a biocombustível garantam a energia e o sistema convencional funcione como fonte secundária.
“Isso seria mais prático, mais seguro e daria tranquilidade para todo mundo que estivesse trabalhando ou assistindo aos jogos”, diz o industrial. Ele estima que a Copa do Mundo gastaria cerca de 2 bilhões de litros de biocombustível, caso fosse totalmente realizada com este combustível como sua principal fonte energética. Segundo ele, não haveria problemas para isso, porque, hoje, o país produz 5% (2,2 bilhões de litros) de biocombustível dos 44 bilhões de litros de diesel que consome por ano e pretende chegar a 20%, podendo estar próximo disso em 2014.
O objetivo do seminário foi recolher sugestões para elaboração de projeto de lei que defina normas sobre sustentabilidade das obras destinadas à realização do Mundial de 2014 e das demais competições internacionais que serão realizadas no Brasil nos próximos anos, como a Copa das Confederações, em 2011, e as Olimpíadas no Rio de Janeiro, em 2016. Um dos palestrantes de hoje demonstrou as vantagens de lâmpadas que economizam energia na iluminação pública e de ambientes como os estádios de futebol.
A senadora Marisa Serrano, presidente em exercício da comissão, disse que o Senado tem a função de “facilitar a legislação para a utilização de ideias mais modernas e implementá-las”, como o uso do biocombustível, que considerou uma possibilidade de gerar emprego e renda para o país, além de ter na Copa do Mundo uma vitrine para esse tipo de energia, “que talvez possa ser o começo de uma utilização mais eficaz nessa questão no nosso país”.
Jorge Wamburg
Fonte: http://www.biodiselbr.com/noticias/em-foco/r1-energia-copa-2014-garantida-biocombustivel-180310.htm
Comentário: A realização de um evento de mídia mundial como a Copa do Mundo de 2014, entregará ao Brasil inúmeros benefícios para seu desenvolvimento. O uso do biocombustível como forma de fornecimento de energia para os jogos da Copa será motivo de orgulho e exemplo dos brasileiros pelo bom emprego de uma energia limpa. Diante de uma vitrine mundial dada pelo evento, o Brasil consiguirá provar para as outras nações que é possível desenvolver-se diminuindo os impactos negativos para com o meio ambiente ao mesmo tempo que fortalece uma cultura baseada nos príncípios da sustentabilidade. Pensando em visibilidade, não só a imagem do Brasil se beneficiará da utilização dessa força como também o círculo vicioso do mercado interno será revigorado pelos maiores investimentos na indústria.
terça-feira, 9 de março de 2010
Biocombustível ou Comida?
Pessoal,
Estamos aqui novamente trazendo mais uma informação sobre o biocombustível. Nesta nova publicação, a matéria em destaque "Biocombustível ou Comida" tem gerado muita polêmica entorno do assunto, o que tem permitido uma maior reflexão sobre o tema.
Biocombustível ou Comida?
Antes uma luz no fim do túnel, o etanol hoje é acusado pela alta nos preços e pela falta de alimentos. Será um mundo pequeno demais para os dois?
Juliana Tiraboschi
Juliana Tiraboschi
México, janeiro de 2007: o povo sai às ruas contra o aumento de 400% da tortilha. O prato nacional mexicano é feito com milho branco, mas o preço acompanha o do milho amarelo, valorizado pelas usinas de etanol dos EUA. Egito, março de 2008: uma multidão se acotovela em uma padaria no Cairo atrás de pães subsidiados pelo governo. Haiti, abril de 2008: protestos contra a fome resultam em cinco mortos, 50 feridos e na renúncia do primeiro-ministro Edouard Alexis. Mianmar, maio de 2008: o ciclone Nargis devasta 65% das lavouras de arroz. Indiferentes, os militares que governam o país aproveitam a alta do grão para exportar seu estoque.
Fúria mundial: Crise da tortilha, no México (esq.), e protestos violentos no Haiti (dir.) contra a falta de alimentos
Todas essas histórias estão relacionadas à pior crise de preços de alimentos dos últimos 40 anos. E quem - ou o quê - seria o culpado? Para Jean Ziegler, especialista em direito e consultor independente da ONU, são os biocombustíveis, que estariam tomando o espaço destinado à produção de comida. A questão já virou até verbete na Wikipédia, "Fuel vs. Food". Isso inclui o etanol de cana-de-açúcar brasileiro, o popular álcool. Se há dois anos o mundo todo elogiava nosso investimento nesse combustível renovável, hoje surgem críticas de organizações não-governamentais e governamentais.
Para alegria dos produtores e do presidente Lula, que tem no etanol uma das suas principais bandeiras, muitos pesquisadores, empresários e políticos discordam do consultor da ONU. A democrata Hillary Clinton disse durante a campanha à Presidência americana que é exemplar a iniciativa dos brasileiros de reduzir sua dependência de petróleo. Até a União Européia isentou os biocombustíveis da culpa pela alta dos alimentos, responsabilizando a demanda por comida e a subida do preço do petróleo, que afeta toda a economia.
Reação em cadeia Mas afinal: para abandonar o petróleo, é preciso esvaziar um pouco o prato? A questão é complexa. Sílvio Porto, diretor de logística e gestão empresarial da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), afirma que, apesar de não ser a única causa, o que alavancou a crise foi mesmo o deslocamento de 80 a 90 milhões de toneladas de milho para a produção do etanol nos EUA. "O que acontece em Washington pauta o mundo", diz. "O crescimento da área para o milho afeta a oferta de soja, algodão, entre outros, e influencia todo o mercado internacional", reforça André Nassar, diretor-geral do Instituto de Estudos do Comércio e Negociações Internacionais (Icone). Outros americanos contribuíram para a crise: aqueles que pegaram empréstimos que não podiam pagar para construir suas casas. O estouro da bolha no mercado imobiliário dos EUA fez com que investidores migrassem para as commodities agrícolas (termo de economês para designar os "best sellers" da lavoura), agitando ainda mais a panela. Outros fatores apontados pelos especialistas são o apetite de China, Índia e Rússia, que estão crescendo alucinadamente, e eventos naturais incontroláveis, como o ciclone que atingiu Mianmar, que contribuem um pouco mais para bagunçar a produção de alimentos.
O ex-ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior Luiz Fernando Furlan classifica como natural a alta nos preços. Em entrevista à revista "Época", disse que acha que até que demorou para o preço dos alimentos subirem, já que eles mantiveram-se estagnados durante 40 anos, enquanto tudo inflacionou.
Já se tornou um clichê entre especialistas em aviação dizer que um acidente aéreo nunca acontece por apenas um motivo, mas por uma série de falhas que, juntas, afetam um vôo em diferentes proporções. "Com o preço dos alimentos é a mesma coisa: são vários fatores que causam a alta", diz Ariovaldo Fellet, 63 anos, que desde 1987 planta alimentos em Itaberá, no interior paulista. Ele toca a fazenda Sementes Lagoa Bonita, junto com as filhas Vanessa e Andréa, ambas agrônomas. Para a família Fellet, a produção de alimentos é um bom negócio. Desde 2001, quase triplicaram a área plantada. Inicialmente dedicados à pecuária, hoje seus 2.500 hectares abrigam grãos como feijão, soja, milho e trigo. Mesmo entre os anos 2004 e 2005, temporada difícil pela seca e excesso de oferta, eles continuaram prosperando. Nem pensam em sucumbir à euforia pela cana.
Todo mundo em canaA 155 km para o leste, em Itapetininga (SP), o produtor Vilson Barreti conta uma história diferente. Há cerca de dois anos ele substituiu sua plantação de feijão pela de cana. Em 2007, com o primeiro corte, Barreti conseguiu recuperar toda a grana investida na transição de culturas. "Feijão é uma lavoura ingrata", diz. Segundo Barreti, a cana é menos suscetível ao clima e às pragas. Além disso, há uma usina a apenas 2 km do sítio. Aos 68 anos, ele está muito otimista com seu novo ramo de atuação (ele também cria 200 cabeças de gado e planta grama, além de cultivar soja e milho, que vende para indústrias de ração animal). O produtor lamenta apenas "não ter uma bola de cristal": largou o feijão e o preço subiu, enquanto a tonelada da cana caiu de R$ 51 para R$ 35 em um ano. "Mas não me arrependo. Fazia cinco anos que o feijão não dava lucro, eu não dormia de preocupação."
Barreti tem razão para ter um sono tranqüilo. Na região de Itapetininga, onde vive com a esposa e um casal de filhos, muitos outros estão se bandeando para o lado da cana, principalmente ex-pecuaristas. Barreti aguarda ansioso a época de corte da cana, no segundo semestre, quando prevê um lucro de 200 mil reais. Torce para que o Brasil aumente sua exportação de etanol e planeja, futuramente, instalar um sistema de irrigação para aumentar sua produção.
Um estudo recente do Ministério de Minas e Energia mostra que os derivados de cana-de-açúcar já geram 17% da energia do Brasil. São os vice-campeões: ultrapassaram as hidrelétricas (15%) e já são quase a metade dos derivados de petróleo (37%). Enquanto a área de pastagem no Brasil permaneceu estável nos últimos anos, em média, a de cana cresceu cerca de 800 mil hectares (ou cinco municípios de São Paulo), só na última safra. É um salto de 11,7%, segundo dados da Conab, totalizando 7,8 milhões de hectares. Desses, 4 milhões são dedicados à produção de álcool, incluindo o etanol.
Comentário: É bem típico de brasileiro aproveitar o "boom" inicial de qualquer atividade lucrativa para aumentar seus rendimentos e conseguir uma fatia deste mercado promissor. Porém, é necessário um olhar mais clínico sobre a real viabilidade de se trocar o plantio de alimentos pelo plantio de derivados do biocombustível. Será que num futuro não muito distante é bem provável que este novo produto venha a ser tornar tão inviável e tão inconstante como o gás natural? Afinal, o mesmo "boom" ao gás natural ocorreu, e hoje vimos o quão este produto se tornou insustentável, devido aos altos preços que se praticam no mercado. Já os alimentos, estes sim, além de alimentar o estômago, alimentam também a alma de toda uma nação.
segunda-feira, 1 de março de 2010
Biocombustível para Iniciantes
Olá galera,
Abaixo segue matéria com informações sobre o biocombustível.
Para aqueles que pouco conhecem o significado do nome ou até mesmo aos que buscam um maior conhecimento sobre o assunto, traremos semanalmente informações que irão contribuir para novos questionamentos sobre este mercado que tem dividido opiniões.
BIOCOMBUSTÍVEL PARA INICIANTES o que você precisa saber (ou relembrar) sobre a energia que vem da matéria orgânica
>>> Biocombustível é qualquer combustível produzido a partir de plantas ou outras biomassas. O álcool etanol, o biodiesel e a biomassa são tipos de biocombustíveis;
>>> Os maiores produtores de biocombustíveis no mundo são União Européia (75%) e EUA (13%);
>>> O biodiesel pode ser produzido com grãos ou sementes e frutos oleaginosos, como soja, mamona, coco, algodão, amendoim e colza (um tipo de repolho );
>>> O etanol é feito da fermentação dos açúcares de gramíneas e grãos como milho, cana-de-açúcar e sorgo. Os maiores produtores de etanol são EUA, a partir de milho (46%), e Brasil, de cana (42%);
>>> Madeira, resíduos agrícolas e até lixo também podem ser convertidos em biocombustíveis;
>>> Em muitos casos, combustíveis fósseis como o carvão são usados para fornecer energia para as usinas, tornando-os menos sustentáveis. No Brasil, o próprio bagaço da cana é fonte de energia para as usinas, mas combustíveis fósseis entram em outras etapas da produção, como o transporte;
>>> O etanol polui menos que a gasolina. Mas, no Brasil, as queimadas para o corte da cana e as más condições de trabalho em muitas plantações geram preocupações.
Comentário do grupo:
Não é novidade alguma que o mundo está cada vez mais aquecido, que as geleiras vão derreter e o planeta vai virar àgua. Que devemos reciclar, reutilizar, reaproveitar o máximo de qualquer coisa que virmos pela frente. Descobriram que os recursos naturais um dia vão acabar! Para completar, terremotos, maremotos... enchentes, deslizamentos e vários outros acontecimentos da natureza que nos trazem o medo do futuro. Não é novidade que o mundo está acabando!!! E foi por conta disso que, finalmente, lá pela década de 70 que o biocombustível começou a ser utilizado no mundo...devagar, devagar...mas qualquer dia, não teremos outras opções. O problema é que se gasta tanta, mas tanta energia, que para suprir toda a demanda seria necessário plantar muita cana, ou mamona, ou milho ou que for. Assim, outro problema ia aparecer pra cabeças pensantes resolverem: o desmatamento decorrente da necessidade de mais e mais combustíveis! Enfim, a vida do homem é essa, resolver um problema aqui, tapar o sol com a peneira ali e continuar acomodado, tentando se enganar ao deixar de pensar que, no final das contas, o abacaxi fica para os netos.
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