terça-feira, 13 de abril de 2010
British Airways usará biocombustível feito de lixo a partir de 2014
A companhia de aviação British Airways fechou um acordo para a construção da primeira planta europeia de produção de biocombustível para aviões.
Segundo o repórter da BBC Richard Scott, a unidade deverá ser capaz de produzir 60 milhões de litros de combustível para abastecer os jatos da empresa britânica a partir de 500 mil toneladas de lixo.
A planta começará a ser erguida em 2012 na zona leste de Londres pela empresa americana Solena Group e deverá entrar em operação daqui a quatro anos. Pelo acordo, o grupo americano custeará a construção, enquanto a British Airways se compromete a comprar toda a sua produção.
Segundo a companhia, com esses 60 milhões de litros será possível abastecer apenas 2% dos voos que decolam do Heathrow, o principal aeroporto inglês.
Além de ser menos poluente, esse biocombustível é mais benéfico ao meio ambiente por reaproveitar o lixo comum. Normalmente, esse material permanece em aterros sanitários produzindo gás metano, um dos gases causadores do efeito estufa.
Biocombustíveis para aviação
A iniciativa da British Airways vem na esteira de outras medidas adotadas por empresas do setor.
Em fevereiro de 2008, a Virgin Atlantic Airways realizou um voo pioneiro à base de biocombustível entre Londres e Amsterdã. O Boeing 747 voou sem passageiros a bordo e teve um de seus quatro motores movido por um biocombustível produzido a partir de óleo de coco babaçu.
Clique Leia na BBC Brasil: Primeiro vôo com biocombustível é bem-sucedido (24/02/2008)
Desde então, diversos voos a partir de outros biocombustíveis experimentais vêm sendo realizados pelo projeto Combustível Sustentável para Aviação, uma iniciativa que inclui companhias aéreas, como a própria Virgin e a Continental Airlines, além de fabricantes de aeronaves como a Boeing.
Clique Leia na BBC Brasil: Avião faz 1º vôo com biocombustível de algas nos EUA (08/01/2009)
Em um relatório divulgado em junho do ano passado, o grupo diz que seus biocombustíveis produzem 65% a 80% menos gás carbônico do que os combustíveis à base de petróleo.
“Todas as combinações utilizadas em voos teste atingiram ou mesmo superaram as expectativas de performance como combustível de avião”, diz o relatório. “Para todos os voos experimentais, os biocombustíveis não demonstraram qualquer efeito adverso nas aeronaves”, completa o texto.
Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2010/02/100215_british_airways_biocombustivel_vdm.shtml
Comentário: Que original! Nada mais sustentável que voar utilizando biocombustível feito de lixo...Esta idéia poderia ser o ponta pé inicial para que todas as empresas aéreas adotassem tal medida. Afinal de contas, o lixo também tem seu valor, bem como também tem sido tema de muitos debates, por não se saber o que se fazer com os lixos que se proliferam aos montes nos centros urbanos, causando transtornos a toda população. Taí uma boa dica...VOAR COM LIXO!!!!
PETROBRÁS FARÁ PESQUISA COM BIOCOMBUSTÍVEL NA ANTÁRTIDA
A Petrobras fará pesquisas sobre o uso de biocombustíveis sob baixíssimas temperaturas na Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF), da Marinha brasileira na Antártida. O diretor de abastecimento da companhia, Paulo Roberto Costa, explicou que a pesquisa vai testar o uso de biodiesel e etanol sob as situações de clima mais rigorosas do planeta. Os estudos serão parte de acordo de cooperação assinado esta manhã entre a Petrobras e a Marinha. O acordo, que prevê investimentos de R$ 3 milhões da empresa, terá duração de quatro anos e tem como objetivo a implantação de um novo sistema de recebimento de combustíveis "contínuo, rápido e seguro contra vazamentos" na EACF. Em contrapartida, a empresa vai realizar no local as pesquisas de combustíveis renováveis.
Costa explica que, hoje, o abastecimento da EACF é feito com a utilização de pequenas balsas, o que torna o processo muito lento. O novo sistema prevê a instalação de um carretel de cerca de mil metros, de tubo flexível retrátil, cuja extremidade será conectada ao navio em operações de descarga de combustível. O diretor observou que os combustíveis hoje fornecidos pela Petrobras à EACF - diesel, óleo combustível e querosene de aviação - são especiais e adequados para suportar as baixas temperaturas locais.
Segundo ele, as pesquisas com combustíveis renováveis que serão realizadas na Antártida visarão, inicialmente, apenas o uso no local, mas admite que nada impede que os produtos a serem desenvolvidos possam ser deslocados para outros mercados, como para aquecimento na Europa. "Mas vamos agora apenas iniciar os testes, não há previsão de substituição dos combustíveis hoje usados lá para esses biocombustíveis", afirmou.
O acordo assinado hoje representa o segundo convênio firmado entre a Marinha e a Petrobras para atuação conjunta na Antártida. O acordo anterior, que levou a investimentos de R$ 10 milhões da empresa, consistiu na construção de 10 tanques de aço inoxidável e um sistema de automação da tancagem.
JACQUELINE FARID - 12h17, Terça-feira, 19 de janeiro de 2010
Fonte: http://noticias.limao.com.br/economia/eco138856.shtm
Comentário:Bela parceria! Com a substituição dos combustíveis poluentes na Antártica, aliada a um estudo que garantirá o aumento do conhecimento dos biocombustíveis utilizados sob baixíssimas temperaturas o Brasil se tornará mais aparente para os outros países, além de estar fazendo um ótimo investimento! Futuramente, qualquer país com inverno rigoroso poderá utilizar esse Biocombustível de diversas formas! Teremos mais uma fonte de renda para o país, e por sinal, um empreendimento muito inovador!
segunda-feira, 5 de abril de 2010
Macaúba: grande potencial para ser utilizada como biodiesel
A macaúba é versátil e tem potencial de produção cinco vezes maior que a soja. Nativa do serrado, é a nova aposta de especialistas e pesquisadores do setor para alavancar a produção de biodiesel no país.
Em Lima Duarte, na zona da mata mineira, o plantio de 1,5 milhões de mudas da palmeira em viveiro é resultado de parceria de empresa de um grupo europeu com a Universidade Federal de Viçosa, em que pesquisadores brasileiros desenvolveram a técnica de germinação da palmeira em laboratório. O objetivo é criar um complexo agroindustrial para produção de óleo vegetal e co-produtos, tendo como matéria prima o coco da macaúba.
O projeto em Lima Duarte foi criado pela empresa Entaben Ecoenergéticas do Brasil, , empresa do grupo espanhol Entaban, considerado o maior produtor de bicombustível da Europa. A meta é implantar 60 mil hectares de Macaúba em Minas Gerais, e 5 módulos de 12 mil hectares no norte do Rio de Janeiro. Para cada módulo será implantado uma usina de extração de óleo.
Além da alta produtividade de óleo comparado ao do outras oleaginosas (em relação à soja, que é a principal fornecedora de óleo vegetal para biodiesel no Brasil atualmente, a variação de quilo de óleo por hectare), o processo de produção do óleo vegetal da macaúba tem o potencial de produzir pelo menos cinco co-produtos (dois tipos de óleo, dois tipos de torta utilizada para ração animal e o carvão do endocarpo). As pesquisas iniciais apontaram potencial de produção variando de 2.500Kg a 6.000Kg de óleo por hectare, dependendo do material genético, dos tratamentos silviculturais e da densidade de plantio.
O óleo é de alta acidez e não poderia ser inserido no processo de transesterificação (reação química em que o álcool do éster reagente é substituído por outro álcool) utilizado para converter o óleo vegetal em biodiesel sem um pré-tratamento. Na maioria, os óleos de alta acidez têm sido destinados às indústrias de sabão, cosméticos, asfalto e cerâmica. Em Jaboticatubas - MG, uma empresa privada já conseguiu desenvolver a produção de óleo vegetal da macaúba de baixa acidez. Foram três anos para desenvolver essa destilação, até então não existia um meio para extração do óleo de alta qualidade em escala industrial.
A Macaúba pode reativar o renascimento do programa do biodiesel no país. O primeiro passo foi dado, com a domesticação da palmeira, ou seja, com a técnica de germinação em laboratório por pesquisadores da UFV.
Fonte: Jornal Estado de Minas, 2ª edição, dia 24 de março de 2010
Comentário:Um complexo agroindustrial “é a constituição formada pelo antes, dentro e depois da porteira que está associada ou envolvida com os produtos agroindustriais”. As empresas interessadas em investir na germinação em laboratório do coco da macaúba, irão propiciar para o Brasil um grande desenvolvimento, já que tem potencial de extração em escala industrial. A capacidade de produção da macaúba é 5 vezes maior que a soja, e ainda pode produzir co-produtos. Sem dúvidas, essa produção irá alavancar o consumo do biodiesel pelos brasileiros. Esse estudo promete! Ta aí uma boa jogada: explorar o coco da macaúba!
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