domingo, 9 de maio de 2010
Biocombustíveis são fraude, diz colunista do "Guardian"
Biocombustíveis são fraude, diz colunista do "Guardian"
da BBC
Em artigo publicado nesta terça-feira no jornal britânico "The Guardian", o jornalista e ativista ambiental George Monbiot afirma que utilizar biocombustíveis --como o álcool-- para combater o aquecimento global "é uma fraude".
"Se quisermos salvar o planeta, precisamos adiar por cinco anos os projetos em biocombustível", defende Monbiot, conhecido por suas posições contrárias à globalização.
Para o jornalista, os programas de incentivo "são uma fórmula para desastres ambientais e humanitários".
"Em 2004, eu alertava que biocombustíveis estabeleceriam uma competição entre os carros e as pessoas. As pessoas inevitavelmente perderiam: aqueles que podem pagar para dirigir são mais ricos que aqueles à beira da fome", escreve Monbiot.
Para o autor, o Brasil é um exemplo que ilustra o "impacto" de se transformar recursos naturais em combustíveis.
"Produtores de cana-de-açúcar estão avançando sobre o cerrado no Brasil, e plantadores de soja estão destruindo a floresta amazônica. Agora que o presidente (americano, George W.) Bush acabou de assinar um acordo de biocombustíveis com o presidente Lula, deve piorar.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/bbc/ult272u61708.shtml
COMENTÁRIO: Bom, a maioria está a favor do biocombustível, mas sempre tem que ter alguém com opinião diferente. O indivíduo, George Monbiot, alega ser uma “fraude” a utilização do biocombustível para combater o aquecimento global! O que ele quer que seja feito então? Porque, se continuar o consumo de gasolina e outros combustíveis usados atualmente ao invés de tentar um outro recurso, com certeza, será muito pior! Que tipo de desastre será pior do que o que já existe? Cada vez mais carros são comprados, indústrias são inauguradas, a produção de tudo aumentou! Independente de qual for o combustível utilizado, os carros continuarão sendo vendidos, e em igual proporção. A competição entre pessoas e carros sempre existirá, afinal de contas, o poder de compra está aumentando. Mas a Amazônia deve ser preservada sim! Não tem nem o que discutir. Tira a Amazônia fora dessa!
terça-feira, 4 de maio de 2010
Lançamento Ecológico
A busca por combustíveis alternativos não se resume aos transportes terrestres e aéreos. Ela também é uma preocupação da corrida espacial. No Brasil, o desafio da busca por um propelente (combustível de foguete) “verde” pode estar perto do fim. Brasileiros desenvolvem combustível para foguete, a partir da mistura de etanol com água oxigenada.
Projeto que conta com a participação de diferentes pesquisadores e uma empresa privada desenvolveu um propulsor de hidrogênio - água oxigenada concentrada. Esses compostos vêm se revelando uma solução inovadora e bastante promissória. A grande vantagem é a disponibilidade do etanol e do peróxido de hidrogênio no país e o baixo preço. Os propelentes utilizados atualmente no Brasil são a hidrazina e o tetróxido de nitrogênio, ambos importados, extremamente caros e altamente tóxicos. A escolha dos pesquisadores pela combinação de etanol com peróxido de hidrogênio se deu pelo fato de que ambos são largamente produzidos no Brasil, a combinação das substancias é 20 vezes mais barata do que os combustíveis utilizados atualmente e o mais importante, baixo impacto ambiental.
Os gases provenientes da combustão são muito menos poluentes que os utilizados pelos outros países. Isso porque entre 90% e 95% dos gases de escape do motor são compostos por vapor d’água, e o restante, por gás carbônico.
Para chegar a essa inovação, os engenheiros utilizaram um catalisador que decompõe o peróxido de hidrogênio em vapor d’água e oxigênio. Essa mistura entra na câmara de combustão e pulveriza o etanol, resultando na propulsão. O etanol pulverizado gera uma quantidade mínima de gás carbônico na combustão. Existem soluções utilizadas em outros países que utilizam o metano ou mesmo o querosene de avião. Porém, a quantidade de gás carbônico é maior em comparação a pulverização do etanol.
Fonte: Jornal Estado de Minas, 29 de abril de 2010, 2ª edição
Projeto que conta com a participação de diferentes pesquisadores e uma empresa privada desenvolveu um propulsor de hidrogênio - água oxigenada concentrada. Esses compostos vêm se revelando uma solução inovadora e bastante promissória. A grande vantagem é a disponibilidade do etanol e do peróxido de hidrogênio no país e o baixo preço. Os propelentes utilizados atualmente no Brasil são a hidrazina e o tetróxido de nitrogênio, ambos importados, extremamente caros e altamente tóxicos. A escolha dos pesquisadores pela combinação de etanol com peróxido de hidrogênio se deu pelo fato de que ambos são largamente produzidos no Brasil, a combinação das substancias é 20 vezes mais barata do que os combustíveis utilizados atualmente e o mais importante, baixo impacto ambiental.
Os gases provenientes da combustão são muito menos poluentes que os utilizados pelos outros países. Isso porque entre 90% e 95% dos gases de escape do motor são compostos por vapor d’água, e o restante, por gás carbônico.
Para chegar a essa inovação, os engenheiros utilizaram um catalisador que decompõe o peróxido de hidrogênio em vapor d’água e oxigênio. Essa mistura entra na câmara de combustão e pulveriza o etanol, resultando na propulsão. O etanol pulverizado gera uma quantidade mínima de gás carbônico na combustão. Existem soluções utilizadas em outros países que utilizam o metano ou mesmo o querosene de avião. Porém, a quantidade de gás carbônico é maior em comparação a pulverização do etanol.
Fonte: Jornal Estado de Minas, 29 de abril de 2010, 2ª edição
Biocombustíveis são 'crime contra a humanidade'
Biocombustíveis são 'crime contra a humanidade', diz relator da ONU
Produtos seriam responsáveis por redução da área destinada ao plantio de alimentos.
Comissão Européia deve propor supressão de subvenções a essa forma de energia.
A produção em massa de biocombustíveis representa um crime contra a humanidade por seu impacto nos preços mundiais dos alimentos, declarou nesta segunda-feira (14) o relator especial da ONU para o Direito à Alimentação, o suíço Jean Ziegler, em entrevista a uma rádio alemã.
Os críticos dessa tecnologia argumentam que o uso de terras férteis para cultivos destinados a fabricar biocombustíveis reduz as superfícies destinadas aos alimentos e contribui para o aumento dos preços dos mantimentos.
Ziegler pediu ao Fundo Monetário Internacional (FMI) que mude suas políticas sobre os subsídios agrícolas e deixe de apoiar apenas programas destinados à redução da dívida. Segundo ele, a agricultura também deve ser subsidiada em regiões onde se garanta a sobrevivência das populações locais.
O ministro das Relações Exteriores alemão, Peer Steinbrueck, deu seu apoio ao apelo feito pelo FMI e o Banco Mundial neste fim de semana para responder à crise gerada pelo aumento de preços dos alimentos, que está gerando violência e instabilidade política em inúmeros países. "A Alemanha não fugirá de sua obrigação nesse tema", afirmou Steinbrueck.
Conflitos e problemas
Ziegler acusou a União Européia de dumping agrícola na África. "A UE financia as exportações de superávits agrícolas europeus para a África, onde são oferecidos pela metade ou a um terço de seu preço de produção", queixou-se Ziegler. "Isso arruina completamente a agricultura africana", acrescentou.
Em entrevista ao jornal francês Liberation, Ziegler também advertiu que o mundo se dirige para "um período muito longo de distúrbios e outros tipos de conflitos derivados da escassez de alimentos e aumentos de preços".
Nesse contexto, a Comissão Européia indicou nesta segunda-feira que vai propor a supressão das subvenções para os cultivos destinados à produção de biocombustíveis, em meio à crescente polêmica causada pelo desenvolvimento dessa fonte de energia para lutar contra a mudança climática.
Vários outros dirigentes europeus já manifestaram preocupação com a utilização da produção agrícola com fins energéticos em detrimento dos alimentos, num contexto de alta dos preços das matérias-primas. "A produção agrícola com fins alimentares deve ser claramente prioritária", afirmou o ministro francês da Agricultura, Michel Barnier.
A França propôs nesta segunda-feira uma iniciativa européia frente ao aumento de preços das matérias-primas e a crise alimentar que isto provoca, impulsionando um apoio reforçado à agricultura comunitária e uma ajuda maior a este setor nos países pobres.
"Em um mundo em que vai ser necessário produzir mais e melhor para alimentar nove bilhões de habitantes, há necessidade dos esforços de todos e também da Europa", afirmou o ministro francês da Agricultura, Michel Barnier, ao antecipar as grandes linhas da proposta que deve apresentar a seus colegas da União Européia em Luxemburgo.
FONTE: http://g1.globo.com/Noticias/Economia_Negocios/0,,MUL400150-9356,00-BIOCOMBUSTIVEIS+SAO+CRIME+CONTRA+A+HUMANIDADE+DIZ+RELATOR+DA+ONU.html
COMENTÁRIO:
Não adiantará resolvermos um problema e criarmos outro. O plantio destinado à produção do biocombustível deve possuir determinada proporção que não prejudique os preços dos alimentos! Para o bem de todos, regras claras deverão ser criadas para que não haja destinação errônea das terras férteis. Como afirmou o ministro francês da Agricultura: "A produção agrícola com fins alimentares deve ser claramente prioritária. Outra forma de garantir a paz das nações seria o incentivo igualitário dos governos dos países ou a paralização desses incentivos, desta forma os direitos seriam iguais para os países, que não teriam conrrência tão desleal em relação aos países pobres. O mundo já está violento e instável o suficiente para não arrumarmos ainda mais problemas sociais!
domingo, 2 de maio de 2010
TAM PLANEJA VOAR COM BIOCOMBUSTÍVEL DE PINHÃO MANSO
Companhia fará voo de teste em Airbus A320 no segundo semestre do ano; produto é produzido a partir de planta brasileira
A TAM anunciou nesta terça-feira um novo projeto para uso de biocombustíveis nas suas aeronaves. A companhia aérea fará o primeiro voo da América Latina com bioquerosene de aviação no segundo semestre, produzido com óleo de pinhão manso, uma planta brasileira. A aeronave utilizada será um Airbus A320, que decolará e pousará no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro.
A TAM tem três parceiros nesta iniciativa: a Airbus, a fabricante de motores CFM International (joint venture entre a americana GE Aviation e a francesa Snecma) e a Associação Brasileira de Produtores de Pinhão Manso (ABPPM).
A empresa não possui estimativas sobre o impacto financeiro da iniciativa, mas já avaliou os benefícios do combustível na área de sustentabilidade. O bioquerosene de pinhão emite entre 65% e 80% menos carbono do que o querosene atualmente usado nas aeronaves, derivada de petróleo.
“Esse é um projeto de longo prazo da TAM, que acompanha a tendência do setor de buscar combustíveis mais sustentáveis”, afirma o presidente da companhia, Líbano Barroso. A TAM iniciou os estudos de viabilidade de uso do querosene de pinhão manso como combustível para suas aeronaves há um ano e maio. Até então, a empresa investiu US$ 150 mil no projeto.
Caminho longo
O voo de teste com bioquerosene é um primeiro passo na TAM no uso da nova tecnologia nas suas aeronaves, mas a adoção do combustível em larga escala ainda levará tempo. O motivo é que a cadeia de produção do bioquerosene não está formada no Brasil.
Hoje, há cerca de 60 mil hectares de área plantada de pinhão manso no Brasil, nas regiões Sudeste, Norte e Centro-Oeste, segundo o diretor da ABPPM, Rafael Abud. Cada hectare tem capacidade para produzir 1,5 toneladas de óleo, volume insuficiente para abastecer o mercado de aviação brasileiro. Apenas o voo de teste da TAM com o novo combustível utilizará nove toneladas do produto, por exemplo. O bioquerosene de pinhão manso usada pela TAM utilizará 50% do óleo de pinhão e 50% de querosene convencional.
A estimativa da associação dos produtores é que a área plantada alcance 750 mil hectares em 2020. “Com uma mistura de 10% de óleo de pinhão, poderemos produzir combustível para todo o mercado brasileiro de aviação”, afirma Abud.
O pinhão manso
Além de seu potencial energético, a escolha de planta para a fabricação de biocombustível para aviação levou em conta suas características de cultivo, segundo o presidente da TAM. O pinhão manso não é comestível, seu cultivo requer o uso de pouca água e pode plantado em terras pouco férteis. “Com esta planta, eliminamos as principais críticas dos biocombustíveis: que eles consomem parte da produção de alimentos e utilizam muita água”, afirma Barroso.
Fonte:http://www.economia.ig.com.br/empresas/comercioservicos/tam+planeja+voar+com+biocombustivel+de+pinhao+manso/n1237597611682.html
Comentário: Porque também não utilizar o lixo para voar, assim como a empresa aérea British Aiways? Pois lixo aqui no Brasil é o que mais tem sido produzido. Essa idéia além de resolver os problemas dos impactos ambientais causados por ele, também ajudará a terra contra o aquecimento global, no qual serão emitidos menores taxas de CO² na atmosfera. Mas a TAM também merece créditos pela iniciativa!!! Afinal o mais importante é ser economicamente sustentável, aproveitando-se de uma planta não comestível e de fácil produção pela sua pouca utilização da água. Essa idéia merece destaque!
Assinar:
Postagens (Atom)