A busca por combustíveis alternativos não se resume aos transportes terrestres e aéreos. Ela também é uma preocupação da corrida espacial. No Brasil, o desafio da busca por um propelente (combustível de foguete) “verde” pode estar perto do fim. Brasileiros desenvolvem combustível para foguete, a partir da mistura de etanol com água oxigenada.
Projeto que conta com a participação de diferentes pesquisadores e uma empresa privada desenvolveu um propulsor de hidrogênio - água oxigenada concentrada. Esses compostos vêm se revelando uma solução inovadora e bastante promissória. A grande vantagem é a disponibilidade do etanol e do peróxido de hidrogênio no país e o baixo preço. Os propelentes utilizados atualmente no Brasil são a hidrazina e o tetróxido de nitrogênio, ambos importados, extremamente caros e altamente tóxicos. A escolha dos pesquisadores pela combinação de etanol com peróxido de hidrogênio se deu pelo fato de que ambos são largamente produzidos no Brasil, a combinação das substancias é 20 vezes mais barata do que os combustíveis utilizados atualmente e o mais importante, baixo impacto ambiental.
Os gases provenientes da combustão são muito menos poluentes que os utilizados pelos outros países. Isso porque entre 90% e 95% dos gases de escape do motor são compostos por vapor d’água, e o restante, por gás carbônico.
Para chegar a essa inovação, os engenheiros utilizaram um catalisador que decompõe o peróxido de hidrogênio em vapor d’água e oxigênio. Essa mistura entra na câmara de combustão e pulveriza o etanol, resultando na propulsão. O etanol pulverizado gera uma quantidade mínima de gás carbônico na combustão. Existem soluções utilizadas em outros países que utilizam o metano ou mesmo o querosene de avião. Porém, a quantidade de gás carbônico é maior em comparação a pulverização do etanol.
Fonte: Jornal Estado de Minas, 29 de abril de 2010, 2ª edição
terça-feira, 4 de maio de 2010
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Qual a relação disso com o agronegócio???
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